Nossa Senhora do Nilo, da ruandesa Scholastique Mukasonga, narra a vida no liceu Nossa Senhora do Nilo de uma elite feminina de Ruanda.
As garotas que lá estudam são oriundas de famílias ricas e tem a missão de se tornar o modelo da nova mulher ruandesa: educada conforme os padrões ocidentais, católica, esposa perfeita pronta para encontrar um marido próspero.
A personagem que seguimos mais de perto é uma das garotas do liceu. Ela, na verdade, está ali por conta de uma cota que estipula que dez por cento das internas sejam da etnia tutsi. As outras 90% são da etnia hutu. O conflito é iminente e nós, leitores, já sabemos do genocídio por vir.
Veronica caminha pelas montanhas e as estrelas cintilam por dentro de suas pálpebras. O mundo e a personagem parecem se misturar e a sensação de unidade é quase total, mas ela sabe que uma vida mais feliz só é possível no cinema.
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